Temos de estar atentos ao que fazemos online

Em tempo de confinamento, o acesso à internet aumentou e é bom termos em mente que a cibersegurança começa em cada um de nós. Esta nova realidade de “viver” com uma obrigatória presença em casa, leva-nos a passar muito mais tempo a navegar online. Desde o próprio trabalho e as ferramentas necessárias para o poder efetuar a partir de casa, à passagem por sites noticiosos, sem esquecer a consulta e partilha nas redes sociais, e até às compras online… a nossa vida passou a estar ainda mais ligada e dependente da internet.

Cibersegurança na internet em tempos de confinamento

Em função disso mesmo, temos de estar ainda mais atentos à forma como comunicamos e partilhamos informação online. Qualquer que seja a ligação ao mundo virtual, é não só uma porta de saída, mas também uma porta de entrada, por isso é bom termos esta realidade bem presente sempre que navegamos por este mundo, para alguns quase novo, carregado de atrações e tentações.

Atualmente, com todas as ferramentas de Inteligência Artificial a trabalhar sobre os dados que permanentemente disponibilizamos à internet, em especial, através das diversas redes sociais, das mais simples pesquisas que fazemos até aos bens que adquirimos, a forma de sermos “abordados” é sempre muito bem direcionada. Seguramente, todos nós, no nosso dispositivo computacional, já recebemos e-mails, publicidade e até abordagens que têm como base tentadora áreas ou produtos com os quais nos identificamos. Ou seja, com esta nova realidade de convivência com a internet e a generalização do teletrabalho, são maiores as possibilidades de vermos os nossos dados e documentos pessoais e/ou profissionais expostos a hackers.

A cibersegurança deve ser uma preocupação cada vez maior, não só para as empresas como também para cada um de nós. É fundamental estarmos informados e sensibilizados para a importância da proteção quer da informação pessoal, quer da profissional. Garantir a segurança dos nossos dados depende de cada um de nós e dos cuidados que praticamos diariamente com os nossos dispositivos, sejam computadores, telemóveis ou tablets.

Apesar de parecer uma questão banal, é importante que cada equipamento que utilizamos esteja protegido e, mais do que isso, mantenha atualizado um antivírus. Diariamente, novas versões de vírus vão surgindo, e novas versões de antivírus são lançadas e devem ser aplicadas.

As empresas deverão preocupar-se firmemente com a sua política de segurança informática, não devendo poupar o budget nessa área. Uma corrupção ou perda de informação trará seguramente impactos incalculáveis e podem, inclusivamente, levar ao desaparecimento da própria empresa.

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Como forma de proteção paralela, garantir uma política de backup correta e devidamente ajustada à realidade, quer de cada um de nós enquanto indivíduos, quer da realidade do negócio e tipo de dados de cada empresa, é obrigatória. Quando falamos em processo de backup, em função de cada individuo ou realidade, é fundamental garantir que os mesmos estão realmente seguros e válidos. De que nos serve um backup de informação que possa estar já corrompido ou infetado? Diria que não nos serve de nada.Temos de garantir que em caso de um dos dispositivos ser “hackeado” e a sua informação deixar de existir ou ser válida, exista um backup válido dos dados, num dispositivo independente que nos permita um restore fiável de todos os dados afetados.

Mas voltando ao início… por muitas ferramentas e políticas de segurança que as empresas ou nós, enquanto indivíduos na nossa realidade pessoal, possamos utilizar e aplicar, a verdadeira cibersegurança começa e depende em grande escala do utilizador. Por isso, deixo algumas dicas:

  • Ter cuidado e atenção em relação à fiabilidade dos sites que visitamos;
  • Validar a fiabilidade dos e-mails que recebemos antes de os abrir;
  • Ter muita atenção ao tipo de links que seguimos;
  • Controlar os instintos de clicar em sites apelativos;
  • Não ceder às compras promocionais imperdíveis;
  • Recusar convites atractivos…

Torna-se cada vez mais obrigatório ter muita atenção a todo este tipo de abordagens e ações. Devemos verificar sempre a fiabilidade da informação que nos chega, e nunca abrir ou dar seguimento à mesma, sem estarmos realmente seguros da sua credibilidade.

O cibercrime faz parte do nosso dia a dia. Os hackers estão frequentemente a tentar entrar nos dispositivos de cidadãos ou de empresas para se apropriarem de todo o tipo de informação. Por isso, não esqueçam: todos os cuidados são fundamentais para a protecção dos nossos dados, e esses cuidados começam em cada um de nós.

Fonte: Exame Informática – Artigo de Opinião de Nuno Marques – Director Geral da Totalstor

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